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terça-feira, 23 de março de 2010

Gratidão!


Agradeço pela vida, apesar da morte, que hoje sei é apenas uma transformação.
Agradeço pela alegria, apesar da tristeza, que tanto me fez chorar... e também pensar.
Agradeço pelo riso, apesar das lágrimas, mas sei que vieram para lavar minha alma.
Agradeço pela realidade, apesar das ilusões, que hoje sei só me mantinham presa na dor.
Agradeço pelas mentiras, que hoje sei me levaram a encontrar a verdade.
Agradeço por tantas conquistas, apesar dos erros, que agora sei foram para me fazer valorizar mais o caminho.
Agradeço pela harmonia, apesar das brigas, que me trouxeram sofrimento, mas também crescimento.
Agradeço pela saúde, apesar de tantas doenças que poderiam ter me acometido.
Agradeço pela minha profissão, apesar das dificuldades que passei, pois esse foi o caminho que devo ter escolhido para me resgatar, ao ajudar aos outros, e da qual recebi muito mais.
Agradeço pelo respeito que aprendi a ter pelas outras pessoas e por seus mais sagrados sentimentos, apesar de muitas vezes não ter sido respeitada.
Agradeço por ter perdoado a todos que me machucaram, e peço perdão a quem eu possa ter machucado.
Agradeço por tantos caminhos que percorri, me machuquei, mas consegui sair, com ajuda de algumas poucas pessoas, que agradeço eternamente, e exatamente por isso hoje estou no caminho da luz!
Agradeço a Mel, por ter ficado incondicionalmente ao meu lado durante esses 5 anos, me amando e acima de tudo me ensinando. E espero que fique muitos anos mais.
Agradeço pelos meus pais, apesar da distância, mas que me trouxeram à vida. E a Deus por ter me mantido no caminho do bem.
Agradeço pelos meus amados avôs, verdadeiramente meus pais, que apesar de não estarem mais presentes fisicamente, me deixaram a melhor herança: amor!
Agradeço à minha amada tia que entre tantas lições, mostrou-me 2 caminhos principais: o caminho de Deus e o respeito aos animais, apenas com seu exemplo de vida!
Agradeço também às pessoas que tanto me machucaram, pois elas me tornaram muito mais forte e me fizeram buscar outros caminhos.
Agradeço a tantas pessoas que esperei amor e carinho, e não recebi, mas aprendi que não se pode dar aquilo que não se tem. Mas também agradeço por cada pessoa que passou na minha vida, e outras que ainda estão presentes, e me doaram amor.
Como foi difícil aprender tudo isso!
Agora me encontro livre! Livre das ilusões, dores, lágrimas, mentiras, tristeza, erros, culpas, hoje enfim estou liberta!
E por tudo hoje eu só agradeço, por ter me tornado quem eu sou.
Eu, assim como você, somos seres de luz, que queremos nos tornar pessoas melhores, para quando formos embora, que consigamos ir apenas em paz!
E por tudo isso hoje eu agradeço, e espero me tornar cada vez mais quem eu simplesmente sou: um ser de luz!

Essa é a minha carta de agradecimento ao pouco que tenho aprendido. Agora o que você acha de escrever a sua? E se quiser dividir comigo, me envie, vou gostar de ler!

Por Rosemeire Zago é psicóloga clínica, com abordagem junguiana e especialização em Psicossomática.

domingo, 21 de março de 2010

Avaliando Sua Vida


Se você encontrasse com um amigo que não vê há muito tempo o que contaria sobre sua vida? O que aconteceu de significativo? Você teria para contar mais problemas, decepções, frustrações, enfim, faria muitas lamentações ou contaria muitas conquistas, crescimento, mudanças? Ao pensar em sua vida, como a descreveria agora?
Pense nisso... E daqui para frente, o que espera que aconteça? Como espera estar daqui a 5, 10 anos? E o que você está efetivamente fazendo para alcançar o que deseja?

Se suas respostas foram baseadas em dúvidas, incertezas, inseguranças, sempre com pensamentos negativos, duvidando que seja capaz de conseguir algumas coisas que deseja, como espera conseguir mudar sua realidade? O que está fazendo para mudar algumas situações que dependem exclusivamente de você? Ou você está aceitando tudo, conformado, pensando: já que está tudo ruim mesmo, o que mais posso fazer?...

Saiba que é possível fazer muitas coisas para alcançar o que deseja, desde que saiba o que quer, ou também poderá começar pelo que já sabe que não quer.
Ao olhar para trás deve ter muitas experiências ruins, que não deseja mais passar, mas que também trouxeram muitos aprendizados. O que aprendeu de significativo em sua trajetória de vida?
Algumas pessoas olham para o passado e conseguem perceber as lições; ainda que a custo de muito sofrimento valorizam o aprendizado, pois conseguem aprender com a experiência passada; outras só se lamentam sobre o corrido, repetindo o mesmo padrão por anos, sem aprenderem absolutamente nada. Essas geralmente se colocam no papel de vítimas, onde só conseguem se lamentar sem nada fazer para mudar. O que deixou de fazer há 3, 5, 10 anos atrás e que até hoje está sofrendo as conseqüências? Não terá sofrido o suficiente para perceber que algo diferente deve ser feito? Mas o quê fazer? Isso somente você poderá responder.

Quem sabe poderá começar pensando em ser mais flexível? Mais aberto às mudanças? Ou você sofre da Síndrome de Gabriela, lembra-se? Eu nasci assim, eu fui sempre assim, vou morrer assim... Você só consegue pensar que não há mais como mudar, afinal, já se passaram tantos anos? Você já se sente velho para aprender? Nada disso! Velho é quem pára de aprender, não se atualiza, e hoje vivemos em constante processo de mudança, quando pensamos em algo, já mudou!

Enquanto continuar acreditando que as coisas devem ser feitas sempre da mesma maneira, possivelmente tudo continuará tendo o mesmo resultado. É preciso estar em constante aprendizado, sair da zona de conforto, aberto a mudanças, seja sobre o que for. Seja em relação ao trabalho, à educação dos filhos, fazer a comida, se relacionar, amar, enfim, tudo muda em fração de segundos e devemos acompanhar esse processo se desejarmos evoluir, crescer; do contrário, encontraremos estagnação, e muitas vezes sofrimento.

Você pode começar analisando algumas situações e que na correria se esquece de dar uma paradinha para avaliar suas relações. Se hoje não tiver tempo, reflita sobre isso no final de semana. Reserve uns minutinhos para reavaliar seus valores, sua maneira de conduzir seus problemas e principalmente como reage a eles, afinal, estamos nos referindo à sua própria vida e não há nada mais importante do que isso.
Responda a si mesmo às seguintes perguntas:

- O que tem feito por você?
- Tem dito não quando essa deve ser a resposta? Ou ainda continua sempre querendo agradar a todos, fazendo tudo por todos?
- Você se esquece constantemente de suas necessidades?
- Tem tido momentos de lazer, tem feito algo para se divertir? O que gosta de fazer e não faz há muito tempo?
- Há quanto tempo você não dá um sorriso, ou uma gostosa gargalhada?
- Como se sente em relação ao seu trabalho?
- E em relação à educação de seus filhos?
- E como está sua relação com seus pais?
- E sua relação afetiva, sexual, como está?
- Tem sido rígido consigo mesmo e com os outros?
- Tenta manter o controle sobre tudo e todos? Quando na verdade não consegue ter controle nem sob suas emoções?
- Sente muito mais o abandono do outro do que o abandono que faz a si mesmo?
- Está em constante busca de aprovação e reconhecimento por se sentir sem valor?
- Está sempre se culpando do que acontece aos outros?
- Consegue perceber que muitas pessoas se afastam de você por julgá-las e/ou criticá-las?
- Tem medo de perder a pessoa amada quando nem percebe que já perdeu a si mesmo?
- Consegue identificar seus sentimentos ou está sempre em constante movimento para não entrar em contato com o que está dentro de você?
- Está constantemente se frustrando por criar muitas expectativas?
- Tem se sentido triste, constantemente irritado, sem energia?

Analise com calma todas essas questões e reavalie sua vida, suas relações. Procure responder a cada uma das questões acima, se possível, escreva suas reflexões. As dúvidas, os medos, mágoas, ressentimentos, culpa, frustrações, críticas, julgamentos, rigidez, cobranças, são todos obstáculos ao crescimento. Transforme tudo isso. Não, não há receita nem fórmula mágica, mas é certo que para as mudanças ocorrerem depende muito mais de você.

Comece se observando mais, pensando sobre todas essas questões. Cultive dentro de você a esperança, a fé, mesmo quando tudo parecer estar perdido. É a harmonia consigo mesmo e com aqueles com quem convive que lhe trará paz interior e preencherá seu vazio. É o amor por si mesmo e o respeito por seus valores e sentimentos que o fará se sentir uma pessoa de valor! E isso com certeza ninguém poderá lhe dar, mas também ninguém poderá lhe tirar, é uma conquista absolutamente sua e que com certamente fará toda diferença em sua vida!

Depois de todas essas reflexões e prováveis mudanças, talvez a história que irá contar quando encontrar um amigo seja bem diferente. Eu espero sinceramente que seja!

Por Rosemeire Zago é psicóloga clínica, com abordagem junguiana e especialização em Psicossomática.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Antes do namoro, o ficar


O ficar entre jovens: um modo de aproximação ou um modo de evitar a intimidade? Influências familiares, culturais e sociais.

O que é isso que dizem a respeito de ficar com alguém, muito comum entre adolescentes e jovens adultos que buscam um modo de se aproximar de outras pessoas sem necessariamente terem o compromisso do namoro? Chamam de ficar este tipo de envolvimento que não chega a ser um envolvimento amoroso pleno, mas quase. Está mais para um ensaio do que para as vias de fato. Afinal qual a necessidade de dar-se um nome para este período? O que caracteriza esta modalidade de envolvimento conhecida por não ter o compromisso? Pois bem a relação ficar é questionada. Vez por outra é altamente defendida seja por profissionais, por jovens e até por pais que receosos de seus filhos iniciarem namoros precoces, preferem que seus filhos tenham algum tipo de experiência de conquista afetiva que os satisfaça sem o elo de ligação que um namoro propiciaria. Preferem que seja com alguém de seu grupo, alguém que se possa saber quem é. Muitos acham que isso é mais tranqüilo do que perder seu/sua filho(a) de vez para alguém que chega repentinamente e envolve o(a) tão querido(a) filho(a) do núcleo da família, fazendo-o(a) dividir as atenções.

Há aqueles pais que acreditam que a relação ficar na juventude pode estar contribuindo para tornar mais precoce ainda um assunto que poderia ser mais tardio, ou melhor dizendo uma relação que pode ser adiada mais para frente, pois a medida que um adolescente se apaixona por alguém sentem-se ameaçados e às voltas de proteger o(a) tão querido(a) filho(a) dos desastres de amor, da falta de liberdade que pode propocionar, afinal é tão jovem para se prender, não é mesmo? As opiniões são de muitas controvérsia e acreditamos que para cada família e para cada jovem, a escolha será uma apesar de não termos muitas opções para se escolher. Mas entre as experimentações sem compromisso e um namoro na juventude, com qual opção você ficaria? Alguns Dados Históricos Foi marcante até os tempos atuais a diferença na prática da paquera e de aproximação entre pessoas de sexos diferentes, ou seja para a moça e para o rapaz. As diferenças foram marcantes nas décadas de 50, 60, 70 e 80 quando ás práticas de aproximação amorosa tanto entre jovens rapazes e moças como para homens e mulheres.

Aos homens parece que sempre existiu uma liberalidade, uma soltura quanto às sua experimentações. Às mulheres sempre restou a sobriedade, a distinção e o não deixar se levar por instintos e desejos de conhecer e explorar o mundo do sexo oposto. É fato que aos homens sempre foi dada mais permissão quanto ao seu treino sexual e amoroso. Sempre existiu uma espécie de anuência quanto ao homem ter esse direito. Aliás o homem sem experiência antes de constituir um vínculo amoroso é tido como ingênuo, inexperiente. Algo nada sedutor pois parece que lhe falta o dom do conquistador, aqueles jeito que seduz as meninas e mulheres dada a sua vasta ou alguma experiência anterior. É esperado e sempre foi que os homens tomem atitudes quanto a se aproximar de mulheres. Eles é que sempre escolheram até a década atual, no entanto foi exatamente nesta época onde assistimos inúmeras transformações neste área. Alterou-se profundamente o comportamento social e inclusive o que é esperado das mulheres e de homens hoje em dia.

Na atualidade quem modificou? Atualmente tanto um sexo como outro tomam iniciativas de querer conhecer alguém. Aproximam-se, querem conhecer, convidam para sair. Enfim facilitam ao máximo que se conheçam ou então dificultam ao máximo. Pois parece existir também um certo desinteresse da mulher em ter como meta laçar o seu homem sem demonstrar, como anteriormente era esperado e natural. As mulheres afinal possuem outros interesses e deixam claro quando não mais se derretem em função da presença de alguém que em outros tempos as fariam rastejar. Isto é uma questão cultural, foi sempre assim e não foi por culpa de ninguém, apenas haviam regras diferentes para uns e outros e hoje evidentemente continuam existindo comportamentos diferenciados entre cada gênero no entanto , é necessário observar que muita coisa se modificou em termos dos interesses.

Com um mundo mais amplo a conquistar, as mulheres atualmente principalmente as mais jovens já tem atitudes que antes seriam consideradas estritamente "atrevidas" e passaram a se lançarem neste universo do relacionamento interpessoal apresentando também suas curiosidades e até facilitando as aproximações com os jovens rapazes o que antigamente eram valorizadas exatamente pelo contrário: meninas boas e de família não se mostravam fáceis. Isso mudou um pouco, não que a mulher tenha se tornado "fácil". Hoje querem conhecer e experimentar um modo de contato com o sexo oposto que lhes satisfaçam algumas curiosidades principalmente aquelas ligadas a algum tipo de contato físico mais próximo. Querem poder beijar ou serem beijadas sem que isso necessariamente precise ser com um namorado oficial. Afinal julgam que a total ignorância e o desconhecimento oriundos da repressão feminina forma alguns dos responsáveis por fracassos sentimentais. Ao invés de se caracterizarem como aquela comprometida com alguém, sentem-se livres para uma dança, um cinema, estar junto de alguém numa festa, poder ir em outra festa, em outro dia com outro colega ou amigo, sem que isso deponha contra a sua pessoa. Acabaram arrumando um jeito para não serem crucificadas e até os rapazes sentem-se aliviados pois não mais necessitam se aventurar com mulheres que não tinham atração e interesse algum em função de uma experimentação. Podem hoje satisfazer suas necessidades de aproximação com uma garota, convidando uma moça próxima de seu convívio e com mais afinidade, seja da escola, da vizinhança e poder sair com ela, fazer algum programa e isso não ter que representar um compromisso de namoro.

Estas facilidades afinal liberaram os dois lados de terem que instituir em seu relacionamento uma legitimidade para então obterem a permissão de uma aproximação. O grande diferencial com certeza está e reside no fato desta grande transformação no universo feminino, culminada com as grandes opções que as mulheres atualmente possuem no mundo. Podem escolher o seu momento e assim o fazem... Mas e o preparo para isso ? Estariam ambos, meninas e rapazes se antecipando, queimando etapas ? estariam os jovens hoje banalizando algo tão belo quanto a expressão amorosa, a doce aproximação sucessiva e demonstração de interesse progressivo? Isto tudo é o que estamos questionando e trazendo à baila.

Acredito que ainda haverá uma certa proteção e preocupação com relação à conduta amorosa e sexual feminina, pelo fato dela mulher ter o divino Dom da fertilidade, que é a capacidade de gerar filhos e gerar a semente que trás vida e promulgação da formação da família. Ainda reside sobre a mulher algum ônus, e ainda talvez de uma forma mascarada, a dificuldade em estabelecer a prática sexual despretenciosa. A dificuldade em se colocar algo tão simples e natural quanto a sexualidade perto de algo tão mágico e sagrado como o corpo feminino, como o Dom da fertilidade, faz com que a liberdade feminina ainda fique sendo discutida como é até hoje. Ainda se discute o direito da mulher decidir ou não sobre o prosseguimento de uma gestação. Teria ela o poder sobre uma vida que não é a sua, mas que está instalada em seu ser? É algo extremamente delicado, pois neste momento a mulher acaba ficando sem a posse do próprio corpo, visto do ângulo daqueles que defendem que que a mulher não tem direito ao aborto.

Em certos momentos de sua vida, o corpo feminino é um veículo e ela está a mercê da criança, assim como está quando é responsável pela educação dos filhos e muitas vezes privando-se de uma vida particular e até mesmo de suas próprias prioridades. Seus interesse vêem depois de ter satisfeito as necessidades dos filhos. Enfim a relação da mulher com a sua autonomia é algo ainda muito discutido, envolve muita reflexão. A tentativa talvez esteja no fato de não banalizar aquilo que está posto como sagrado. Essa aliás é uma herança cultural que dificilmente se apagará. Toda esta atitude de estigma e crítica à liberação sexual de mulher reside ao modo de coibir e inibir sua opções já que pela própria natureza é dotada de um poder quase que perto do divino e ao mesmo tempo, onde útero e região sexual tornam-se uma espécie de lugar onde há demarcação da posse de algum homem, através do relacionamento sexual, dos filhos que são gerados assim tem sido.

O Ficar Retomando, o ficar junto com alguém sem o compromisso de um namoro oficial parece trazer em sua relação como característica, um conjunto de regras onde ambos, rapaz e garota permitem-se a um certo envolvimento e até certo ponto. Afinal, qual é esse limite? Quando é ficar e quando é namorar? Dá-se unicamente pela necessidade de estabelecer um compromisso? Quando algo é dito ou seja verbalizado entre os jovens? O ficar atenta para o fato de poder estabelecer uma intimidade com alguém, e ela se refere à prática sexual inclusive? Uma relação consentida e recíproca neste sentido de não se estabelecer intimidade, culpa, a necessidade de compromisso, a diversidade de parceiros, não exclusividade e apenas alguns fugazes projetos comuns: a experiência de se estar juntos, é totalmente contrária às características de um vínculo amoroso, que se caracteriza por alguns aspectos, onde os imprescindíveis são a reciprocidade; o querer e ter a disponibilidade para estarem juntos; envolve compromisso; envolve intimidade; exclusividade; tem como sentimento principal a experiência amorosa; há o interesse e projetos comuns que vão se aliando a medida em que se dá o relacionamento.

A relação do ficar não se refere a um vínculo, um elo de ligação, é a liberdade de poder experimentar. O ficar enquanto um treino torna-se uma experiência, ainda assim não é uma vivência com características de compromisso, talvez por isso podemos questionar as experiências de relacionamentos breves ou instantâneos que vêem a colaborar no amadurecimento dos afetos e que promovem uma escolha amorosa. Em que bases, o ficar promove o início de um ciclo que venha a anteceder o namoro, que segue as características de um vínculo amoroso? A experiência do ficar faz com que se escolha melhor os(a) parceiro(as) futuramente? Dará este prognóstico? Dá uma noção e responde uma série de curiosidades quanto a um contato físico já que de algum modo ficam liberadas as carícias, os toques, abraços beijos e etc... O que contribui para esta aproximação entre jovens? O que propriamente caracteriza a relação do ficar quanto ao aspecto da relação sexual? Até que ponto é permitido?

A fase da puberdade está relacionada a um desenvolvimento de inúmeros aspectos que irão contribuir fortemente na formação do adulto. É uma fase muito dinâmica e sua complexidade reside na característica de simultaneamente em que se está voltado para si mesmo como uma forma de reconhecer-se, também está envolvido com a tarefa de identificar-se socialmente, com outras pessoas, buscando assim o reforço necessário para assegurar-se de sua pessoa. É um período de vida típico e conhecido como a fase da auto-afirmação. Admitir a existência de outros em sua vida é parte fundamental neste processo, pois buscará como parâmetro o convívio de pessoas iguais a seu estágio.

Passando então à uma fase com maior amplitude para trocas, a se interessar pelo sexo oposto e buscando daí experiências que apontam estas diferenças de gênero, que aguçam a curiosidade. O reconhecimento do grupo social, tão importante para o jovem significa a identificação com os seus próprios valores. A relação do ficar está mais para o reconhecimento do jovem do que necessariamente ligado ao desenvolvimento sexual. Trata-se de um conjunto de coisas, há as necessidades pessoais de cada um, tanto que cada jovem desenvolverá mais este aspecto, quanto mais sua disposição interna movê-lo para tal. O próprio fato de intimidarem-se muitas vezes com certas aproximações resulta de um limite e querer pessoal.

A adolescência é uma fase da vida onde se busca uma identidade diferente da família de origem, pois necessita-se conhecer que pessoa é. A evolução sexual na adolescência inicia-se através da experimentação do toque. Um modo de aproximação física, de um modo ainda desconhecido trás muitas dúvidas e incertezas, onde a relação do ficar encontra-se respalto por parte dos jovens pois não os coloca em conflito, não os faz optar e nem assumir elos de ligação que nem mesmo tem certeza. Sentem medo e incerteza se vão aguardar. Se o seu papo é interessante e se serão apreciados e também se terão o respeito dos demais amigos após todos de um mesmo grupo saberem que Ricardo ficou com Joana. Como é que é depois disso? O grupo aplaude? Pede bis? Como fica a relação dos jovens que ficaram em um momento e depois se encontraram no mesmo grupo em outra situação, diferente dessa?

Não somente os jovens pertencentes do grupo acabam pressionando os demais para ficarem também, ou seja estimulam e até promovem fazendo-os de um certo modo fazerem se pertencer a um mesmo grupo. Há ainda o grupo daqueles jovens que nunca ficaram e temem isso e matém por sua vez seu equilíbrio agrupando-se entre aqueles que também não ficaram ou não possuem tanto interesse nisso. Digamos que sejam mais tímidos ou que requerem mais tempo para se permitirem. Os jovens acabam se unindo nos grupos que lhe convém, pois precisam com freqüência de uma confirmação do grupo quanto ao seu comportamento e a de não ser criticado. De algum modo a sociedade moderna encontrou uma forma de nomear, dar legitimidade ao estado pré-namoro, caracterizado por ser um rápido e breve contato com alguém do sexo oposto.

Não há a necessidade de compromisso, mas, a procura pela descoberta de sensações e emoções. Apenas é importante ressaltar que, enquanto estabelecem esse relacionamento do ficar, tipo beija-flor, não estão se vinculando, apenas estão se encontrando um modo de resolver suas necessidades de um modo mais simples e menos complicado. O ficar não garante nenhuma experiência quanto a saber se vincular. Aponta também o receio da entrega, a insegurança pertinente a quem é jovem e desconhece as implicações afetivas de desastres amorosos ou será que os nossos jovens estão exatamente se prevenindo de dores sentimentais? Poderíamos dizer que os jovens, tendo em vista os desencontros e as qualidades de vínculo que observam com seus pais e em sua família extensa, poderiam estar até adotando uma medida profilática: é melhor não se envolver muito para evitar a dor e o sofrimento que inevitavelmente o amor e o relacionamento a dois nos trás? Está aí uma questão para se observar.


Por Luiza Ricotta dos Santos é psicóloga, psicoterapeuta e escritora, Retirado de http://www.revistapsicologia.com.br/materias/hoje/m_hoje_antesdonamoro.htm

segunda-feira, 15 de março de 2010

Os Desafios da Vida!



Os desafios da vida são inúmeros. Algumas vezes esses desafios vêm em forma de provas de seleção. É o caso, por exemplo, de provas de vestibular, concurso público, testes para emprego, etc.. Nessas provas, somos avaliados para, posteriormente, sermos escolhidos ou excluídos. Para muitos, essa dinâmica eleva incrivelmente o nível de stress.

Sabemos que o ideal é o equilíbrio. No entanto, a conquista desse equilíbrio exige trabalho, comprometimento e dedicação.

Lembremos que qualquer prova exige domínio do conteúdo, porém o que muitos esquecem é que a pessoa responsável pelo uso desse conteúdo deve estar em paz. Do contrário, o resultado poderá ser a exclusão.

- Mas, como se preparar além do conteúdo?

Acredito que a mais importante medida é: descobrir a nossa força, conectar-se com ela e permitir que ela nos guie! Explico:

A força interior é o nosso maior tesouro. Quando estamos fortalecidos dificilmente nos abalamos. Por outro lado, a maioria despreza essa força, nem sequer a reconhece. E aquilo que não reconhecemos, passa a não existir!

Muitas vezes reconhecemos a força dos nossos pais, que se referiam a nós, dizendo:

- Você não vai longe!
- Eu sempre disse ao seu pai que você é mais lento que seu irmão!
- Você puxou a família da sua mãe, todos uns fracassados!
- Desde pequeno você vai mal nas provas, imagina nesse concurso!
- Nunca vi você estudando como sua irmã!

Reconhecemos também a força de alguns professores que nos convenciam, ao dizerem:

- Você está indo muito mal!
- Você é o aluno mais problemático que eu tenho!
- Sua desorganização vai lhe fazer rodar!
- Nem com mil horas de estudo, você vai aprender essa matéria!
- Isso não é para você!

Reconhecemos também a força dos amigos, quando diziam:

- Nem pense em tentar!
- Esquece! Vê se se enxerga!
Ao longo do nosso percurso, sobrevivemos, pois, o nosso desenvolvimento físico, acusa que crescemos, em idade e tamanho. Contudo, o nosso lado emocional, continua em conflito com as crenças adquiridas.

E quando isso acontece, eu pergunto:

- Será que o conteúdo estudado será suficiente para enfrentar a fraqueza que habita em nós?

Sem a nossa força, com quem podemos contar?

A força em nós é a força da vida. Ela sugere que tenhamos crenças positivas a nosso respeito, que lutemos para melhorar a qualidade dos nossos pensamentos e sentimentos em relação ao que merecemos. Devemos lembrar que estamos na posição onde nós nos colocamos, e a vida nos trata do jeito que nós nos tratamos!

Então, mãos à obra. Procure a cura das suas crenças negativas. Para isso, existe a terapia, bons livros, cursos de autoajuda, enfim, a medida dos recursos cresce de acordo com a medida da nossa necessidade. Olhe além do conteúdo, olhe além do consciente, olhem além... É lá no além que você encontrará a sua força, resgate-a e viva em plenitude!

Lembre-se: o conformismo e as crenças negativas causam stress, pois são carcereiros da liberdade e inimigos do crescimento!

Por Irlei Wiesel, Psicoterapeuta e Escritora!

domingo, 14 de março de 2010

Drunkorexia


Drunkorexia, ou anorexia alcoólica termo criado nos EUA para definir o alcoolismo associado a distúrbios alimentares. Este distúrbio é muito comum entre jovens e adultos de idade entre 20 e 40 anos, que ingerem bebidas alcoólicas no lugar da refeição.

O ato restringe a absorção de calorias necessárias ao corpo humano sob o objetivo de manter um visual esbelto e na moda. Entre as celebridades artísticas o costume da “drunkorexia”, além de causas estéticas, é impulsionada por cobranças do mercado, angústias e compulsões profissionais.

Segundo a OMS ( Organização Mundial de Saúde), o alcoolismo atinge de 10% a 12% da população mundial. Equilibrar o peso do corpo através da bebida é o mesmo que realizar uma dieta forçada e depois cair no efeito sanfona ( alternância periódica de peso ).

Estudos psiquiátricos revelam que o alcoolismo feminino está associado a transtornos psicológicos relacionados à anorexia, bulimia, depressão e ansiedade. O álcool anestesia emoções ruins como a frustração, e no caso da “drunkorexia”, reduz o apetite. No funcionamento orgânico beber com estômago vazio acelera os efeitos do álcool.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Viver Intensamente



Muitas pessoas têm o hábito e ficam obstinadas em não perder tempo de vida... Às vezes pelo fato de acharem que vão morrer cedo. Costumam dormir pouco, demonstrar agitação e super atividade todo o tempo. Parecem querer chegar ao limite da sua capacidade! Sofrem quando ficam paradas por algum tempo, mesmo que seja para refletir. Sofrem quando ficam sozinhas...

Têm dificuldade em conviver com pessoas menos "intensas" e, solicitam sempre que estas aumentem seu limite, mudem as suas maneiras de viver - pois acreditam que vivem pela metade, de modo a parecerem mais com seus hábitos...
Mas não será egoísmo dos super ativos ou dos menos "intensos" querer mudar alguém para então, torná-lo companheiro?
E será mesmo possível alguém querer mudar outrem?
A resposta é não.

A única saída para querer um companheiro é aceitar sua maneira de vida ou procurar outro que mais se adapte ao seu estilo.
Não tente mudar o outro, pois as conseqüências podem ser desastrosas para ambos. A sensação de não estar agradando, de estar deixando a desejar traz insegurança e ruptura do relacionamento.

A sociedade valoriza e acolhe muito mais as pessoas ativas do que as mais calmas. Veja um exemplo: num grupo de pessoas, quem você consideraria mais feliz - as mais "intensas" ou as menos "intensas"? As que gostam de estar em bares e festas ou as que preferem uma vida mais tranqüila? Quem são as mais requisitadas dentro dos que possuem o perfil "intenso"?

Geralmente o perfil dessas pessoas é: hábitos esportivos intensos, vida boêmia também intensa, desejo de viagens constantes, de estar em vários lugares ao mesmo tempo, rede de relacionamentos ativa e tristeza profunda diante de momentos menos agitados.

Acredito que a atividade intensa não seja o único sinônimo de felicidade. Simplesmente porque a felicidade não está nas atividades realizadas, mas sim, dentro de cada um, à sua maneira.

Talvez uma pessoa menos "intensa" tenha o prazer de estar consigo mesma, tenha tempo para refletir sobre a vida, tempo para sofrer, para ficar triste...
E isso não é apavorante, não é isolamento e nem é ser anti-social! É crescimento.

Não conceda a ninguém o direito de testar suas capacidades e nem as coloque à prova.
Goste de viver intensamente, à maneira dos mais calmos...

Por Luciana Horta Psicóloga, Especialista em Gestão de Pessoas (RH) e em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas

quinta-feira, 11 de março de 2010

Atitude


“A maior descoberta da minha geração é que qualquer ser humano pode mudar de vida, mudando de atitude”. (William James)

Um novo emprego, um novo empreendimento, um novo relacionamento. Independentemente de qual seja seu novo projeto, apenas mediante atitudes renovadas será possível cultivar resultados diferenciados. Afinal, se você trilhar o mesmo caminho, chegará apenas e tão somente aos mesmos lugares.

Se você está em fase de transição – e normalmente estamos, mas não nos apercebemos disso – aceite o convite para refletir sobre suas atitudes. E corra o risco de não apenas ter idéias criativas e inovadoras, mas também de livrar-se das antigas.

Componentes de uma Atitude

Atitudes são constatações, favoráveis ou desfavoráveis, em relação a objetos, pessoas ou eventos. Uma atitude é formada por três componentes: cognição, afeto e comportamento.

O plano cognitivo está relacionado ao conhecimento consciente de determinado fato. O componente afetivo corresponde ao segmento emocional ou sentimental de uma atitude. Finalmente, a vertente comportamental está relacionada à intenção de comportar-se de determinada maneira com relação a alguém, alguma coisa ou evento.

Para melhor compreensão, tomemos o exemplo a seguir. O ato de fumar faz parte dos hábitos de muitas pessoas. Uns, têm o hábito de fumar; outros, de criticar. E a pergunta que sempre se faz aos fumantes é o motivo pelo qual não declinam desta prática mesmo estando cientes de todos os males à saúde cientificamente comprovados.

Analisando este fato à luz dos três componentes de uma atitude podemos atinar o que acontece. O fumante, via de regra, tem plena consciência de que seu hábito é prejudicial à sua saúde. Ou seja, o componente cognitivo está presente em sua atitude. Porém, como ele não sente que esta prática esteja minando seu organismo, continua a fumar. Até que um dia, uma pessoa próxima morre vitimada por um enfisema. Ou, ainda, ele próprio, fumante, é internado com indícios de problemas cardíacos decorrentes do fumo. Neste momento, está aberta a porta para acessar o aspecto emocional: ele sente o mal a que está se sujeitando e decide agir, mudando seu comportamento, deixando de fumar.

As pessoas acham que atitude é ação. Todavia, atitude é racionalizar, sentir e externar. A atitude não é um processo exógeno. É algo interno, que deve ocorrer de dentro para fora. E entre a conscientização e a ação, necessariamente deverá estar presente o sentimento como elo de ligação. Ou você sente, ou não muda...

Atitudes e Coerência

Atitudes, como valores, são adquiridos a partir de algumas predisposições genéticas e muita carga fenotípica, oriunda do meio em que vivemos. Moldamos nossas atitudes a partir daqueles com quem convivemos, admiramos, respeitamos e até tememos. Assim, reproduzimos muitas das atitudes de nossos pais, amigos, pessoas de nosso círculo de relacionamento. E as atitudes são bastante voláteis, motivo pelo qual a mídia costuma influenciar, ainda que subliminarmente, as pessoas no que tange a hábitos de consumo. Das calças boca de sino dos anos 70 aos óculos de Matrix nos dias atuais, modas são criadas a todo instante.

As atitudes devem estar alinhadas com a coerência, ou acabam gerando novos comportamentos. Tendemos a buscar uma coerência racional em tudo o que fazemos. É por isso que muitas vezes mudamos o que dizemos ou buscamos argumentar até o limite para justificar uma determinada postura adotada. É um processo intrínseco. Se não houver coerência, não haverá paz em nossa consciência e buscaremos um estado de equilíbrio que poderá passar pelo auto-engano ou pela dissonância cognitiva.

Iniciativa, Hesitação e Acabativa

Pessoas dotadas de uma atitude empreendedora, estejam à frente de seus negócios como proprietários, acionistas ou colaboradores, têm por princípio uma grande capacidade de iniciativa. Seja um problema ou uma oportunidade, tomam conhecimento dos fatos, sentem a necessidade de uma ação e assumem um comportamento pró-ativo para solucionar o litígio ou aproveitar a condição favorável.

Estas pessoas conseguem combater o grande vilão da hesitação, este inimigo sorrateiro que nos faz adiar projetos, cancelar investimentos, protelar decisões. Ao combatermos a hesitação, corremos mais riscos, podemos experimentar mais insucessos, mas jamais ficaremos fadados à síndrome do “quase”, do benefício indelével da dúvida do que poderia ter sido “se” a atitude tomada fosse outra.

Porém, não basta apenas vencer a hesitação e tomar a iniciativa. O verdadeiro empreendedor sabe que sem acabativa – um neologismo cada vez mais aceito para identificar a capacidade de levar a termo uma idéia ou projeto, próprio ou de outrem – não há sucesso. Sem acabativa, não passamos de filósofos, teorizando, conjecturando.

Por isso, cultive a coragem. Coragem para refletir e se conscientizar. Coragem para ter o coração e a mente abertos para internalizar o autoconhecimento adquirido. Coragem para agir e mudar se preciso for.

Por Tom Coelho, com graduação em Economia pela FEA/USP, Publicidade pela ESPM/SP e especialização em Marketing pela MMS/SP.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Amor ou apego?


Algumas vezes, confundimos nossos sentimentos. Isso acontece, por exemplo, com o amor. Pare um pouco e pense: "O que é amar verdadeiramente?"

Provavelmente você respondeu que é está sempre perto, cuidar, criar expectativas, precisar do outro. Não está errado precisar do outro, visto que é uma forma de intercâmbio, o problema surge quando dependemos psicológica e emocionalmente de outras pessoas ou dependemos de certas coisas.

Quando o desejo se transforma em apego começamos a sentir medo de perder essa pessoa ou coisa que supostamente nos dá felicidade. O apego se nutre do medo, e esses medos são a origem de todo o sofrimento humano.

No amor não existem obrigações nem expectativas, ao passo que no medo tudo se baseia nelas. Quando aceitamos o apego em nossas vidas, depositamos a felicidade do lado de fora e na mão dos outros. Já não depende de nós sermos felizes, e começamos a viver condicionados. Buscamos a aprovação dos outros e não nos consideramos felizes se não tivermos tudo o que desejamos ou se perdermos o que já conseguimos.

Todos possuímos a capacidade de escolher com livre-arbítrio o que queremos ser, onde queremos estar e onde queremos chegar, mas isso implica um processo. Devemos estar dispostos a viver cada fase de maneira profunda, para poder alcançar o tão desejado equilíbrio.

Quando você ama verdadeiramente, regozija-se pela simples existência da pessoa que ama. Então, amar não é dependerá do que o amado fizer, disser ou tiver.

Quando realmente está desfrutando o estado de consciência pura que é o amor; o apego desaparece. Por isso, deixa de haver reclamações, expectativas e exigências.

Sendo assim, deixe seus medos e apegos de lado. Deseje, ame e seja feliz, verdadeiramente.


Fonte: Eu te amo, mas sou feliz sem você. Adaptado para fins de publicação.
Por Layse Policarpo - Psicóloga cognitivo-comportamental, pós-graduanda em Neuropsicologia.

terça-feira, 9 de março de 2010

Psicoterapia eu?? Não sou louco!


Imagine uma sala escura que você não conhece e vai entrar pela primeira vez, o papel do psicoterapeuta é acender a luz, com a claridade você poderá ver o que tem na sala e decidir o que quer fazer com isso, onde quer sentar, se quer mudar algo de lugar, se vai trocar a mobila ou a cor das paredes, etc... Algumas pessoas acreditam erroneamente, que o psicoterapeuta esta lá para dizer o que você deve fazer com sua vida e por isso não o procuram.

A palavra PSICOTERAPIA vem de therapia - que significa tratar, cuidar e psic.(o) que se refere a mente, portanto, psicoterapia é um processo de busca de conhecimento e desenvolvimento pessoal e principalmente de ajuda. PSICOTERAPIA não é magia, o psicólogo não tem uma varinha de condão que vai alivia-lo de todos os seus males ou resolver todos as suas dificuldades. A psicologia é uma ciência e uma profissão que tem como objeto de estudo o comportamento humano. O que basicamente orienta o psicólogo não é sua forma pessoal de compreender o mundo, o psicólogo não é um professor da vida, é um profissional treinado e habilitado para conduzi-lo nesse difícil processo de AUTOCONHECIMENTO.

O papel do psicoterapeuta é iluminar o caminho para permitir que você faça escolhas, é difícil escolher no escuro. Não é um doutrinador, alguém que vai impor seus valores morais, crenças e verdades próprias. Também não é um juiz que vai decidir entre certo/errado ou dar seu parecer sobre o que pensa a respeito deste ou daquele comportamento. É alguém que fará uma proposta de relação de respeito, aceitando você como é em sua completude, com suas particularidades, incondicionalmente. Lembre-se: aceitar não significa concordar.

Apesar da similaridade humana, as pessoas são diferentes, justamente por isso, cada processo de psicoterapia é único, cada pessoa é especialmente diferente em suas necessidades, em seu ritmo, e em seus potenciais emocionais, físicos e intelectuais.

Psicoterapia è um processo de mão dupla onde é necessário alguém que queira ajudar (psicoterapeuta) e alguém que queira ser ajudado, mas principalmente, esteja disposto a se ajudar. Ninguém ajuda ninguém que não queira ser ajudado, já dizia meu avô.

Quem são os Psicoterapeutas? São os profissionais da área da saúde (Médicos-Psiquiatras e Psicólogos) que se especializam no tratamento clínico. É importante que você escolha alguém com quem você tenha um mínimo de empatia, que seja de sua confiança, ou indicado por alguém em quem confie, além é claro, de ser um profissional preparado para essa função.

Porque as pessoas fazem psicoterapia? O ser humano é resultado de sua historia, nascemos com potenciais de saúde (características herdadas) e necessitamos de provisão externa para nos desenvolver. Somos influenciados e influenciamos todo o tempo. Nascemos totalmente espontâneos e criativos e somos moldados para vivermos socialmente, podados de forma mais ou menos severa, dependendo da visão de mundo e principalmente da saúde interna de nossos educadores.

Recebemos modelos sociais todo o tempo, os mais fortes geralmente são os que surgem de nossas primeiras experiências de vida e de vivenciar a sociedade, que acontece através de nossos pais, ou daqueles que fazem esse papel. Você já parou para pensar que toda família tem um código particular? Você já presenciou uma troca de olhares entre dois irmãos que só eles entendem, sem precisarem dizer uma só palavra? Ou regras do tipo: quem se serve primeiro no jantar, as crianças ou os pais?, os da casa ou as visitas? Ou aquela regra que ninguém nunca falou mas que todos na casa sabem?, pois é, isto é família, é código, são alguns dos parâmetros que usamos para nos relacionar com o mundo, consciente e inconscientemente.

Algumas das dificuldades surgem, quando pensamos que todos são iguais, como se todos fossemos da mesma família, com as mesmas regras e hierarquias.

Lembro-me que certa vez, uma cliente chegou muito nervosa para a consulta, por conta de uma pequena briga com o namorado, que havia desencadeado uma certa crise na relação. Ela explicou que havia participado do famoso (e sagrado, para aquela família), almoço de domingo na casa dele. Com a mesa posta, a família levantou-se e começou a se servir naturalmente. Ela dizia, ...considerei uma tremenda falta de educação, parecia que ninguém estava preocupado comigo!... nem se preocuparam em deixar que eu me servisse primeiro, afinal de contas eu era a visita!... e veja só... o meu namorado, sem entender minha revolta, dizia ...o nosso objetivo era te deixar a vontade... é horrível quando alguém te trata como visita!.

Este é apenas um dos inúmeros exemplos que encontramos em nosso dia a dia onde esperamos que os outros tenham a mesma atitude que teríamos nesta ou naquela situação, e que tirem as mesmas conclusões, que tiraríamos dos comportamentos. Neste caso, destacando apenas superficialmente a questão, ser especial para ele era fazer parte da família e para ela, ser especial era ser considerada visita. É claro que existiam outras questões em jogo como sua auto-estima baixa, e sua tendência a dar mais valor ao que não teve, neste exemplo ela não havia se dado conta, que tinha sido convidada para o sagrado almoço familiar.

O processo de psicoterapia faz também este trabalho de pesquisa e revela esses códigos, nossa forma de nos relacionar, nossas expectativas e desejos, ajudando a traze-los para a consciência, e uma vez conscientes, podemos enfim decidir o que fazer com eles, quais alterar e quais preservar.

Nós somos seres sociais, vivemos em relação todo o tempo e necessitamos do outro para crescer e nos desenvolver fisicamente (nos primeiros anos de vida) e psicologicamente (durante nossa vida toda).

Somos o resultado de nossas características hereditárias e do nosso potencial de saúde acrescido das influencias que recebemos, resultantes das crenças e dos valores morais de nossos pais/educadores.

Nascemos totalmente espontâneos e criativos e temos o potencial para nos relacionarmos afetivamente e intimamente, mas dependemos do aprendizado. As vivências que temos durante nosso desenvolvimento emocional moldarão nossa forma de perceber e ver o mundo, e nos darão parâmetros para nos relacionarmos com ele. São dessas experiências que nascem nossa auto-estima e nosso sentimento de segurança pessoal. O ser humano é dinâmico e sempre tem a possibilidade de crescimento e transformação, portanto as dificuldades emocionais que adquirimos como resultado de nossa historia de vida podem ser superadas.

Estamos continuamente aprendendo com nossas relações, todo o tempo. A relação de psicoterapia torna-se um novo modelo, uma nova proposta, onde passamos a compreender nossa historia, perceber e entender a nossa responsabilidade naquilo que nos acontece e onde contribuímos, mesmo sem perceber, para nossas dificuldades.

Por Sirley Bittú - Psicodramatista Didata Supervisora
Terapeuta em EMDR pelo EMDR Institute/EUA

DIA NACIONAL DA LUTA CONTRA O ATO MÉDICO!



Queremos liberdade! Que prevaleça a competência e a ética, independe da classe.

segunda-feira, 8 de março de 2010

8 de Março - Dia Internacional das Mulheres


Mulher...

Que traz beleza e luz aos dias mais difíceis
Que divide sua alma em duas
Para carregar tamanha sensibilidade e força
Que ganha o mundo com sua coragem
Que traz paixão no olhar
Mulher,
Que luta pelos seus ideais,
Que dá a vida pela sua família
Mulher
Que ama incondicionalmente
Que se arruma, se perfuma
Que vence o cansaço
Mulher,
Que chora e que ri
Mulher que sonha...

Tantas Mulheres, belezas únicas, vivas,
Cheias de mistérios e encanto!
Mulheres que deveriam ser lembradas,
amadas, admiradas todos os dias...

Para você, Mulher tão especial...

Feliz Dia Internacional da Mulher!

quinta-feira, 4 de março de 2010

Mudar sem Medo


Sempre vejo pessoas se queixando da situação, da estagnação de suas vidas e dos problemas recorrentes. Isso até parece um modismo: queixar-se do que desagrada. Fica o alerta: não tem coisa melhor do que este comportamento para afugentar amigos!

Brincadeiras a parte, fico pensando o porquê de tanta reclamação. A primeira coisa que vem à mente é por quê isso perdura? A resposta chega rapidamente: mudar e tentar algo novo é explicado como: “difícil”, “arriscado nesses tempos”, “estou sem tempo, é melhor deixar como está”, e outras alegações nada criativas.

Será que é tudo isso mesmo? Não, não é. Uma porque quando queremos – seja por um grande amor, seja por uma grande dor – mudamos. Quem já não ouviu a história da mulher que ficou viúva (ou abandonada, ou qualquer outra causa que deu sumiço no marido) e com “n” filhos para criar, descobriu em si mesma uma energia de progresso que deu uma reviravolta na vida dela e de quem estava ao redor? Ou do workaholic que descobriu ser portador de doença grave, mudou radicalmente de vida e passou a gerenciar uma pousada no Nordeste?

Mas não é preciso tudo isso para mudar, ou será que sim?

Nas minhas considerações, ainda há muita preguiça por parte do ser humano quanto a buscar soluções que implicam no risco de acertar. Afinal, após uma certa idade, achamos que sabemos todas as respostas, e o que ainda não foi inventado não é da nossa competência. O curioso é que a cada dia vemos novidades audaciosas, histórias que parecem saídas da imaginação mais mirabolante possível tomarem as páginas dos jornais em destaque. Contraditório, não é mesmo?

Desacomodar. Como é ruim fazer diferente do que estamos acostumados...

Mas o mundo está aí, e se os queixosos não se mexerem rapidamente, nem o espaço deles continuará no mesmo lugar.

Vejo que muitos deles nem sempre foram assim: houve um dia no qual eles eram curiosos, ávidos por novidades, experiências e riscos que, em sua imaginação, nunca trariam problemas. Foi na infância. Foi na adolescência. Foi nos arroubos da juventude.

Quantos dos atuais queixosos não fizeram loucuras por amor, ou por uma oportunidade profissional. Agora, se alguma coisa induz ao movimento, ao risco do novo, estes se fecham com o conhecimento de sua “grande” sabedoria.

É claro que você, que está lendo isso, não é assim! (por favor, concorde!)

Você deve ser aquele tipo de pessoa que não espera as coisas ficarem difíceis, quase insustentáveis, para modificar o estado de coisas. Até porque você é curioso, às vezes xereta, como queiram, mas aberto ao que o novo pode proporcionar.

Você sabe que a dor modifica as pessoas, mas já passou da fase de sentir a água chegar no pescoço para então se mexer. Você muda pelo amor ao progresso e à prosperidade, assuntos que são uma constante na sua vida.

Você se orgulha secretamente de ter muita história para contar dos momentos em que arriscou e deu certo, e dá risada das tentativas que viraram “causos” e “micos”. Até porque mesmo malsucedidas, fizeram com que você pudesse colorir sua vida. E agora, tem mostrado aos outros – aqueles queixosos – que a felicidade que está sendo construída por você a cada dia é o melhor retorno que pode ser dado a essas pessoas. Você muda e não tem medo de mudar.

Mesmo porque a única coisa imutável é a onda de mudanças.

Entretanto, se você sente que ainda falta coragem para mudar, ou para começar, comece já. Abra sua cristalizada forma de pensar para o que é diferente. Já pensou em andar para trás, só para movimentar os músculos das panturrilhas? Ou comer com a mão esquerda, se for destro? É um detalhe que abre a percepção.

Se ainda faltam argumentos, pense em como será sua vida quando for mais feliz da rotina que tem. Ainda é pouco? Pense em quantas pessoas podem fugir de você por continuar irredutível em suas convicções e constantes queixumes... Comece e perca o medo de mudar. Para concluir, vou deixar uma frase que li no meio de um supercongestionamento na Marginal Pinheiros, há um tempo atrás. Era o outdoor de uma bebida. Estava escrito assim: “Viver é desenhar sem borracha”.

Que você vai errar muitas vezes vai, mas terá muito mais chances de acertar e fazer aquele desenho bonito que dará sentido na sua vida.



Texto de Suyen Miranda

terça-feira, 2 de março de 2010

NORMOSE (a doença de ser normal)


Todo mundo quer se encaixar num padrão. Só que o padrão propagado não é exatamente fácil de alcançar.
O sujeito "normal" é magro, alegre, belo, sociável, e bem-sucedido.

Bebe socialmente, está de bem com a vida, não pode parecer de forma alguma que está passando por algum problema. Quem não se
"normaliza", quem não se encaixa nesses padrões, acaba adoecendo. A angústia de não ser o que os outros esperam de nós gera bulimias, depressões, síndromes do pânico e outras manifestações de não enquadramento.
A pergunta a ser feita é: quem espera o quê de nós?
Quem são esses ditadores de comportamento que "exercem" tanto poder sobre nossas vidas?
Nenhum João, Zé ou Ana bate à sua porta exigindo que você seja assim ou assado. Quem nos exige é uma coletividade abstrata que
ganha "presença" através de modelos de comportamento amplamente divulgados.
A normose não é brincadeira.
Ela estimula a inveja, a auto-depreciação e a ânsia de querer ser o que não se precisa ser. Você precisa de quantos pares de sapato? Comparecer em quantas festas por mês? Pesar quantos quilos até o verão chegar?
Então, como aliviar os sintomas desta doença?
Um pouco de auto-estima basta.
Pense nas pessoas que você mais admira: não são as que seguem todas as regras bovinamente, e sim, aquelas que desenvolveram personalidade própria e arcaram com os riscos de viver uma vida a
seu modo.
Criaram o seu "normal" e jogaram fora a fórmula, não patentearam, não passaram adiante. O normal de cada um tem que ser original.
Não adianta querer tomar para si as ilusões e desejos dos outros.
É fraude. E uma vida fraudulenta faz sofrer demais.
Eu simpatizo cada vez mais com aqueles que lutam para remover obstáculos mentais e emocionais e tentam viver de forma mais
íntegra, simples e sincera. Para mim são os verdadeiros normais, porque não conseguem colocar máscaras ou simular situações. Se
parecem sofrer, é porque estão sofrendo. E se estão sorrindo, é porque a alma lhes é iluminada.
Por isso divulgue o alerta: a normose está doutrinando erradamente muitos homens e mulheres que poderiam, se quisessem, ser bem mais autênticos e felizes.

Michel Schimidt
Psicoterapeuta

Adoecer Nunca


Se não quiser adoecer - "Fale de seus sentimentos"

Emoções e sentimentos que são escondidos, reprimidos, acabam em doenças
como: gastrite, úlcera, dores lombares, dor na coluna.. Com o tempo a
repressão dos sentimentos degenera até em câncer. Então vamos desabafar,
confidenciar, partilhar nossa intimidade, nossos segredos, nossos pecados.
O diálogo, a fala, a palavra, é um poderoso remédio e excelente terapia..

Se não quiser adoecer - "Tome decisão"

A pessoa indecisa permanece na dúvida, na ansiedade, na angústia. A
indecisão acumula problemas, preocupações, agressões. A história humana é
feita de decisões. Para decidir é preciso saber renunciar, saber perder
vantagem e valores para ganhar outros. As pessoas indecisas são vítimas de
doenças nervosas, gástricas e problemas de pele.

Se não quiser adoecer - "Busque soluções"

Pessoas negativas não enxergam soluções e aumentam os problemas.
Preferem a lamentação, a murmuração, o pessimismo. Melhor é acender o
fósforo que lamentar a escuridão. Pequena é a abelha, mas produz o que de
mais doce existe. Somos o que pensamos. O pensamento negativo gera energia
negativa que se transforma em doença.

Se não quiser adoecer - "Não viva de aparências"

Quem esconde a realidade finge, faz pose, quer sempre dar a impressão que
está bem, quer mostrar-se perfeito, bonzinho etc., está acumulando
toneladas de peso... uma estátua de bronze, mas com pés de barro.
Nada pior para a saúde que viver de aparências e fachadas. São pessoas com
muito verniz e pouca raiz. Seu destino é a farmácia, o hospital, a dor.

Se não quiser adoecer - "Aceite-se"

A rejeição de si próprio, a ausência de auto-estima, faz com que sejamos
algozes de nós mesmos. Ser eu mesmo é o núcleo de uma vida saudável. Os
que não se aceitam são invejosos, ciumentos, imitadores, competitivos,
destruidores. Aceitar-se, aceitar ser aceito, aceitar as críticas, é
sabedoria, bom senso e terapia.

Se não quiser adoecer - "Confie"

Quem não confia, não se comunica, não se abre, não se relaciona, não cria
liames profundos, não sabe fazer amizades verdadeiras. Sem confiança, não
há relacionamento. A desconfiança é falta de fé em si, nos outros e em
Deus.

Se não quiser adoecer - "Não viva SEMPRE triste!"

O bom humor, a risada, o lazer, a alegria, recuperam a saúde e trazem vida
longa. A pessoa alegre tem o dom de alegrar o ambiente em que vive.

"O bom humor nos salva das mãos do doutor". Alegria é saúde e terapia.

Dr. Dráuzio Varela

9 de Março - Dia Nacional da Luta contra o Ato Médico


Acontece dia 9 de março a manifestação nacional pela rejeição ao chamado PL do Ato Médico, que tramita no Senado Federal.

Se aprovado, o PL representará um retrocesso para a saúde, prejudicando a autonomia das outras 13 profissões da área e impedirá a organização de especialidades multiprofissionais em saúde.

Em 2004, diversas categorias da saúde pública no Brasil entregaram mais de um milhão de assinaturas ao presidente do Congresso, organizaram manifestações que reuniram mais de 50 mil pessoas em atos realizados contra o Ato Médico em diferentes cidades e capitais brasileiras.

Essas mobilizações foram importantes, pois profissionais e estudantes de 13 categorias da área da saúde conseguiram explicar à população e ao poder legislativo os enormes prejuízos que o projeto causaria à sociedade brasileira caso fosse aprovado. Foram responsáveis pelo engavetamento do PL até 2009.

Passados cinco anos, o texto aprovado pela Câmara dos Deputados em 21 de outubro de 2009, e que voltou ao Senado, mantém o mesmo vício de origem, que é colocar em rico o cuidado integral preconizado pela Constituição Federal, através do SUS, que é uma das grandes conquistas do povo brasileiro no processo de democratização do país.

Não fique de fora!

As manifestações, que devem ocorrer em diversos estados, são uma iniciativa das entidades da campanha contra o PL do Ato Médico e são importantes para que o Senado não aprove os pontos do PL que interferem no trabalho de outras profissões.

Acompanhe as atividades da sua cidade aqui pelo site, clicando no ícone "Veja o local da manifestação na sua cidade", no menu direito. Na categoria "Material de divulgação" estão disponíveis os materiais da campanha contra o PL: camiseta, faixas, cartaz, panfleto, entre outros, para livre reprodução. Assista ainda o vídeo produzido para a mobilização em "Vídeo Não ao PL do Ato Médico".