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sexta-feira, 27 de agosto de 2010

27 de Agosto - Dia Do Psicólogo


SER PSICÓLOGO


"Ser psicólogo é uma imensa responsabilidade.
Não apenas isso, é também uma notável dádiva.
Desenvolvemos o dom de usar a palavra, o olhar,
as nossas expressões, e até mesmo o silêncio.
O dom de tirar lá de dentro o melhor que temos
para cuidar, fortalecer, compreender, aliviar.

Ser psicólogo é um ofício tremendamente sério.
Mas não apenas isso, é também um grande privilégio.
Pois não há maior que o de tocar no que há de mais
precioso e sagrado em um ser humano: seu segredo,
seu medo, suas alegrias, prazeres e inquietações.

Somos psicólogos e trememos diante da constatação
de que temos instrumentos capazes de
favorecer o bem ou o mal, a construção ou a destruição.
Mas ao lado disso desfrutamos de uma inefável bênção
que é poder dar a alguém o toque, a chave que pode abrir portas
para a realização de seus mais caros e íntimos sonhos.

Quero, como psicólogo aprender a ouvir sem julgar,
ver sem me escandalizar, e sempre acreditar no bem.
Mesmo na contra-esperança, esperar.
E quando falar, ter consciência do peso da minha palavra,
do conselho, da minha sinalização.
Que as lágrimas que diante de mim rolarem,
pensamentos, declarações e esperanças testemunhadas,
sejam segredos que me acompanhem até o fim.

E que eu possa ao final ser agradecido pelo privilégio de
ter vivido para ajudar as pessoas a serem mais felizes.
O privilégio de tantas vezes ter sido único na vida de alguém que
não tinha com quem contar para dividir sua solidão,
sua angústia, seus desejos.
Alguém que sonhava ser mais feliz, e pôde comigo descobrir
que isso só começa quando a gente consegue
realmente se conhecer e se aceitar."
Walmir Monteiro

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Fobia Social

Fobia social é um transtorno que se caracteriza pelo medo excessivo de ser o centro da atenção de outras pessoas. O portador considera-se inadequado e daí o temor intenso de submeter-se a situações sociais e levar uma bronca em público, fazer algo ridículo ou passar por qualquer outra situação humilhante.

Com o que não deve ser confundida

Não devemos confundir fobia social com a timidez, medo e ansiedade normais, que qualquer um de nós pode sentir em situações novas ou inusitadas. A ansiedade presente nesses momentos é comum e até certo ponto esperada, embora possa variar em intensidade de indivíduo para indivíduo.

Algum grau de ansiedade e timidez são considerados normais desde que:

· Apesar da ansiedade o indivíduo consiga manter o controle das situações;

· Ansiedade e timidez não sejam tão intensos que levem a pessoa a evitar situações sociais, acarretando prejuízos significativos nos relacionamentos afetivos e/ou profissionais;

· O medo não seja grande o bastante para fazer com que o indivíduo abra mão de projetos de vida importantes, causando perdas nos âmbitos pessoais, profissionais e/ou acadêmicos;

· A ansiedade não esteja associada a doenças ou outros transtornos.

Fobia Social e Pânico são a mesma coisa?

Não. Embora ambos os transtornos causem prejuízos na vida social do paciente existem duas diferenças importantes:

o No transtorno do pânico os pacientes podem passar mal sem motivo, em qualquer lugar (ataque de pânico), enquanto que os pacientes com fobia social sentem-se mal só nas situações que já descrevemos anteriormente.

o Os pacientes com pânico geralmente tem medo de lugares onde a saída seja difícil onde acreditam não podem ser socorridos, lugares cheios de gente onde possam passar mal, etc. Isso não ocorre com pacientes que sofrem de fobia social, para os quais a maior preocupação é ser o foco da atenção das pessoas.

Sintomas

O medo exagerado faz com que o portador desse transtorno evite a maior parte das situações que exijam exposição social, ainda que tenha consciência que essa postura pode prejudicar sua vida em diversos aspectos. O fóbico social evita:



Conversar com pessoas estranhas ou autoridades;



Comer em restaurantes;



Usar banheiros públicos;



Freqüentar piscinas;



Assinar em público;



Usar banheiros públicos;



Ficar nu em público;



Conversar ao telefone;



Ser observado.

Quando não consegue evitar essas situações o portador de fobia social sofre desconforto intenso, sendo comuns sintomas como:



Tremores;



Sudorese;



Taquicardia;



Palpitações;



Empalidecimento;



Sensação de perda de consciência;



Náuseas;



Desconforto abdominal;



Formigamentos, etc.

Esses sintomas também podem ocorrer no período que antecede as situações de exposição social, caracterizando o que chamamos de ansiedade antecipatória ou mais coloquialmente medo do medo.

Citaremos abaixo alguns exemplos para ilustrar o prejuízo que esses sintomas podem causar ao indivíduo que sofre de fobia social:

Exemplos Ilustrativos

Exemplo 1: Jovem abandonou a faculdade por não ser capaz de apresentar seus trabalhos para os colegas de classe, nunca ter coragem de fazer perguntas na frente dos colegas e apresentar sintomas físicos de ansiedade se lhe faziam perguntas em público. Quando soube que teria que apresentar um trabalho para os colegas, passou a sentir-se ansioso diariamente e essa ansiedade foi aumentando progressivamente até o dia da apresentação, quando não conseguiu ir a aula por medo de tremer, passar mal, ter "um branco", gaguejar e até de se urinar na frente dos colegas. Desde criança sentia-se mal quando tinha que falar com estranhos.

Exemplo 2: Homem de 25 anos tornou-se alcoólatra porque desde os quinze anos só conseguia sair de casa após beber. Até começar a beber, sair de casa para desempenhar qualquer tarefa que não envolvesse contato humano era tranqüilo, porém sempre sentiu sintomas físicos de ansiedade quando tinha que falar com estranhos. Descobriu que esses sintomas quase desapareciam após algumas doses de bebida alcoólica. Nunca teve namoradas. Por vergonha dos professores e colegas abandonou a escola sem concluir o primeiro grau e não empregou-se adequadamente porque nunca conseguiu fazer entrevistas estando sóbrio.

Tratamento

O primeiro passo do tratamento é convencer o paciente de que a fobia social é uma doença e por isso pode e deve ser tratada, o que em geral, não é difícil, pois o sofrimento significativo torna esses pacientes receptivos a possibilidade de ajuda. O tratamento é longo e envolve o uso de medicação e psicoterapia. A medicação auxilia na diminuição da ansiedade e a terapia é fundamental para ajudar o paciente a se expor e treinar o paciente no enfrentamento das situações temidas.

Fonte: Site da Psicóloga Ana Lúcia Pereira - http://alppsicologa.hpg.ig.com.br