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quinta-feira, 24 de junho de 2010

Não ao trabalho infantil!



O dia 12 de junho é marcado como o Dia Internacional de Combate ao Trabalho Infantil, representando a luta e a mobilização mundial contra a exploração laboral infantojuvenil. Evidentemente, todos os dias devemos honrar o compromisso assumido internacionalmente para a erradicação desse grave problema social. Contudo, é especialmente nesta data que devemos refletir sobre a importância do tema, empreendendo esforços e estabelecendo metas no sentido de concretizar a sua erradicação. No Brasil, a proibição do trabalho infantil assumiu delicadeza ímpar a partir da Constituição de 1988, quando restou consagrado o princípio da prioridade absoluta às crianças e adolescentes, sendo estabelecida vedação de qualquer trabalho aos menores de 16 anos, salvo na condição de aprendiz, a partir dos 14.

Do mesmo modo, o Estatuto da Criança e do Adolescente, em 1990, e a CLT, em 2000, estabeleceram a proibição do trabalho aos menores de 16 anos. Entretanto, somente em 2008, por meio do Decreto 6.481, foram previstas as piores formas de trabalho infantil, tais como contratação para trabalhos domésticos e manuseio de máquinas de padaria. A legislação é, pois, farta no que se refere ao combate do trabalho infantojuvenil, representando a concreção do princípio da dignidade das crianças e adolescentes. Registre-se, outrossim, estar comprovado que as condições de trabalho impostas ao público infantojuvenil, acarretam elevados índices de repetência e evasão escolar.

Infelizmente, a exploração laboral ainda faz parte do cenário de Santa Catarina, tornando-se imperiosa a conscientização e a colaboração de toda a sociedade catarinense, denunciando os casos ao Ministério Público do Trabalho, ao Ministério Público Estadual e ao Fórum Estadual de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil. Não podemos permitir que nossas crianças e adolescentes assumam responsabilidades para as quais não estão preparadas. Lugar de criança é na escola.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Crack, Nem pensar!


Leva 10 segundos para fazer o efeito, gerando euforia e excitação; respiração e batimentos cardíacos acelerados, seguido de depressão, delírio e "fissura" por novas doses. "Crack" refere-se à forma não salgada da cocaína isolada numa solução de água, depois de um tratamento de sal dissolvido em água com bicarbonato de sódio. Os pedaços grossos secos têm algumas impurezas e também contêm bicarbonato. Os últimos estouram ou racham (crack) como diz o nome.
Cinco a sete vezes mais potente do que a cocaína, o crack é também mais cruel e mortífero do que ela. Possui um poder avassalador para desestruturar a personalidade, agindo em prazo muito curto e criando enorme dependência psicológica. Assim como a cocaína, não causa dependência física, o corpo não sinaliza a carência da droga.
As primeiras sensações são de euforia, brilho e bem-estar, descritas como o estalo, um relâmpago, o "tuim", na linguagem dos usuários. Na segunda vez, elas já não aparecem. Logo os neurônios são lesados e o coração entra em descompasso (de 180 a 240 batimentos por minuto). Há risco de hemorragia cerebral, fissura, alucinações, delírios, convulsão, infarto agudo e morte.
O pulmão se fragmenta. Problemas respiratórios como congestão nasal, tosse insistente e expectoração de mucos negros indicam os danos sofridos.
Dores de cabeça, tonturas e desmaios, tremores, magreza, transpiração, palidez e nervosismo atormentam o craqueiro. Outros sinais importantes são euforia, desinibição, agitação psicomotora, taquicardia, dilatação das pupilas, aumento de pressão arterial e transpiração intensa. São comuns queimaduras nos lábios, na língua e no rosto pela proximidade da chama do isqueiro no cachimbo, no qual a pedra é fumada.
O crack induz a abortos e nascimentos prematuros. Os bebês sobreviventes apresentam cérebro menor e choram de dor quando tocados ou expostos à luz. Demoram mais para falar, andar e ir ao banheiro sozinhos e têm imensa dificuldade de aprendizado.

O caminho da droga no organismo

Do cachimbo ao cérebro

1. O crack é queimado e sua fumaça aspirada passa pelos alvéolos pulmonares
2. Via alvéolos o crack cai na circulação e atinge o cérebro
3. No sistema nervoso central, a droga age diretamente sobre os neurônios. O crack bloqueia a recaptura do neurotransmissor dopamina, mantendo a substância química por mais tempo nos espaços sinápticos. Com isso as atividades motoras e sensoriais são superestimuladas. A droga aumenta a pressão arterial e a frequência cardíaca. Há risco de convulsão, infarto e derrame cerebral
4. O crack é distribuído pelo organismo por meio da circulação sanguínea
5. No fígado, ele é metabolizado
6. A droga é eliminada pela urina

Ação no sistema nervoso

Em uma pessoa normal, os impulsos nervosos são convertidos em neurotransmissores, como a dopamina (1), e liberados nos espaços sinápticos. Uma vez passada a informação, a substância é recapturada (2). Nos usuários de crack, esse mecanismo encontra-se alterado.
A droga (3) subverte o mecanismo natural de recaptação da substância nas fendas sinápticas. Bloqueado esse processo, ocorre uma concentração anormal de dopamina na fenda (4), superestimulando os receptores musculares - daí a sensação de euforia e poder provocada pela droga. A alegria, entretanto, dura pouco. Os receptores ajustam-se às necessidades do sistema nervoso. Ao perceber que existem demasiados receptores na sinapse, eles são reduzidos. Com isso as sinapses tornam-se lentas, comprometendo as atividades cerebrais e corporais

O crack nasceu nos guetos pobres das metrópoles, levando crianças de rua ao vício fácil e a morte rápida. Agora chega à classe média, aumentando seu rastro de destruição